A atenção à segurança e saúde no ambiente de trabalho é essencial para preservar o bem-estar dos trabalhadores, evitando acidentes, doenças ocupacionais e até incapacitações permanentes. Esses cuidados não se restringem ao ambiente profissional: também devem ser aplicados nas rotinas do dia a dia, contribuindo para uma cultura de prevenção constante.
O dia 28 de abril marca uma data importante nesse cenário. Em 1969, uma explosão em uma mina no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, resultou na morte de 78 mineiros. Em memória dessas vítimas e de tantas outras ao redor do mundo, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) oficializou, em 2003, o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho. A data, que nasceu do luto, transformou-se em um símbolo de luta por ambientes laborais mais seguros e dignos, promovendo ações de conscientização em diversos países.
No Brasil, a importância da data foi reconhecida pela Lei nº 11.121/2005, que instituiu o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes do Trabalho. Essa iniciativa busca manter viva a discussão sobre prevenção, incentivando o desenvolvimento de políticas públicas voltadas à proteção dos trabalhadores e à fiscalização das condições de trabalho.
Entre as ações voltadas à prevenção, destaca-se a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho (CANPAT), promovida pelo Ministério do Trabalho. O objetivo da campanha é sensibilizar toda a sociedade sobre os impactos dos acidentes e doenças ocupacionais. Além dos danos irreparáveis à saúde e à vida dos trabalhadores, as perdas financeiras também são expressivas: segundo estimativas da OIT, os prejuízos causados por acidentes e doenças no Brasil ultrapassam R$ 200 bilhões por ano, representando cerca de 4% do PIB.
Mas afinal, o que é o adoecimento ocupacional?
Trata-se de qualquer alteração física ou mental que surge como resultado da atividade laboral. Pode ser desencadeado pela exposição a agentes químicos (como poeiras, gases e vapores), físicos (como ruídos, radiações, temperaturas extremas) ou biológicos (como vírus, bactérias e fungos). Além disso, condições inadequadas de organização do trabalho também contribuem para a sobrecarga física ou emocional dos colaboradores.
Nesse contexto, o papel do setor de Recursos Humanos é fundamental. Como gestor de pessoas, o RH tem a responsabilidade de promover a conscientização, educar os colaboradores e implementar políticas que priorizem a segurança e a saúde no trabalho.
Investir em segurança vai além de cumprir normas legais: é promover um ambiente mais produtivo, saudável e humano. Quando o bem-estar é valorizado, todos ganham — os trabalhadores, as empresas e a sociedade como um todo.