A campanha Dezembro Vermelho, instituída pela Lei nº 13.504/2017, tem como objetivo promover a prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos humanos das pessoas que vivem com o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST).
Um dos pontos importantes da campanha é difundir a informação de que ter HIV não é o mesmo que ter Aids. Com o avanço da ciência, hoje existem muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença.
Conforme o Boletim Epidemiológico HIV/Aids 2022, divulgado pelo Ministério da Saúde, de 1980 (início da epidemia de Aids) até junho de 2022 foram identificados 1.088.536 casos de Aids no Brasil.
O país tem registrado, anualmente, uma média de 36,4 mil novos casos nos últimos cinco anos. E o número de óbitos registrados de 1980 até dezembro de 2021 foi de 371.744 tendo o HIV/Aids como causa básica.
Dados divulgados pela Agência de Notícias da Aids, em outubro de 2022, registram que cerca de 960 mil pessoas vivem com HIV no Brasil atualmente. Deste total, 694 mil pessoas fazem tratamento com antirretroviral (medicamentos) e 95% das pessoas em tratamento não transmite o HIV por via sexual por terem atingido carga viral indetectável (intransmissível).
Aids
Como já dito anteriormente, ter o HIV não é a mesma coisa que ter Aids. A Aids é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (da sigla em inglês HIV).
Este é um tipo de retrovírus que ataca o sistema imunológico, ou seja, ataca o sistema responsável por defender o organismo de doenças.
Infecções Sexualmente Transmissíveis
A denominação Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) substituiu o termo Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), pois refere-se à possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem ter sintomas ou sinais.
As IST podem ser causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. São elas:
- Herpes genital;
- Cancro mole (cancroide);
- HPV;
- Doença Inflamatória Pélvica (DIP);
- Donovanose;
- Gonorreia e infecção por Clamídia;
- Linfogranuloma venéreo (LGV);
- Sífilis;
- Infecção pelo HTLV;
- Tricomoníase.
Transmissão
Tanto o HIV quanto as IST são transmitidas, principalmente, via contato sexual sem o uso de preservativo (masculino ou feminino). A transmissão, ainda, pode acontecer da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. O HIV também pode ser transmitido pelo compartilhamento de seringas contaminadas.
Prevenção da Aids/HIV e das IST
O principal e mais eficaz método para evitar a transmissão do HIV, das IST e das hepatites virais é o uso do preservativo (masculino ou feminino) em todas as relações sexuais.
Outras formas de prevenção é fazer os testes e exames regularmente, profilaxia pós-exposição ao HIV, imunização para HPV e hepatite B.
No caso das gestantes, é indispensável fazer o tratamento para evitar a contaminação do bebê. Este tratamento precoce é capaz de reduzir a transmissão vertical de HIV e outras IST da mãe para a criança em até 99%.
Apesar do tratamento garantir uma gestação saudável, a mãe com HIV não pode amamentar o bebê. Além disso, o bebê deve ser acompanhado até completar 1 ano de vida e caso apresente testes negativos para a presença de HIV neste período, ele será considerado plenamente saudável e fora de risco.
Tratamento
Realizar corretamente o tratamento do HIV ou IST contribui para melhorar a qualidade de vida e interromper a cadeia de transmissão. Lembrando que o atendimento e o tratamento destas infecções são gratuitos nos serviços de saúde do SUS. As pessoas com HIV têm direito de iniciar o tratamento com os medicamentos antirretrovirais imediatamente após o diagnóstico. Estes medicamentos impedem que o vírus se replique no organismo, evitando que a imunidade caia e a Aids se desenvolva.
